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Comércio informal no entorno da Estácio Teresina dribla índices do desemprego

Cledeimar Chaves, artesã, 47 anos, veio para a capital ainda criança com sua família, atualmente mora no Conjunto Promorar. Em busca de uma oportunidade melhor para sua família, há 10 anos trabalha confeccionando bolsas artesanais na pequena da qual é dona e única funcionária. A artesã deixa escapa certo orgulho de suas habilidades: “Faço bolsa pra notebook, estojo, bolsa para livros, nécessaire, vários tipos...”.

Mãe de dois filhos, de 16 e 17 anos, a maranhense demonstra experiência no ramo dos negócios ao revelar que mudou de segmento – de vendedora de bijuterias virou microempresária individual da fabricação de acessórios. ‘Percebi que tinha muitas lojas (que vendem bijuteria) na cidade e decidi mudar. Nunca fiz cursos, mas fui aprendendo aos poucos melhorando cada dia mais as minhas bolsas. Cleidemar se orgulha de “nunca ter tido carteira assinada” e garante que os alunos da Faculdade Estácio Teresina e outras universidades da capital conhecem seu trabalho.

A artesã Cleidemar Chaves: "nunca tive carteira assinada".

Graças a seu esforço e talento, a artesã maranhense radicada em Teresina não faz parte dos dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que o desmprego no Brasil atingiu a marca dos 12,2% em janeiro deste ano. São 12,7 milhões de pessoas sem atividade remunerada formal.

A mesma pesquisa também detectou há cerca de 286 mil trabalhadores informais no país. Este é o caso da vendedora ambulante Valdirene Duarte, 37 anos, moradora da zona sudeste de Teresina. Embora trabalhe na informalidade, essa é uma escolha pessoal de piauiense. “É uma coisa que eu gosto. Sempre foi meu sonho abrir meu próprio negócio e meu marido sempre trabalhou na área do comércio. Achamos melhor trabalharmos como ambulantes (no ramo de comida”.

A ambulane Valdirene Duarte: gosto pela informalidade

Valdirene vende lanches no entorno da faculdade. Apesar da instabilidade do emprego informal, a vendedora afirma que pretende continuar trabalhando nessa modalidade porque além de identificar com o ofício, é uma forma de obter uma renda mensal, mesmo que de valor incerto.

 
 
 

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