Mulheres no esporte: desafios e preconceitos

O esporte é um grande fenômeno social, e no caso das mulheres, ele é um espaço para a busca de igualdade de direitos e ascensão social. A história das mulheres em esportes predominantemente masculinos, como o futebol e futsal, por exemplo, é marcada por proibições e preconceitos.

Com o decorrer dos anos a visibilidade da mulher no esporte foi se modificando. Umas das percursoras foi a professora de Educação Física e nadadora brasileira, Maria Lenk, primeira mulher brasileira a participar de uma Olimpíada, nos Jogos de Los Angeles em 1932. No futebol se destaque a jogadora Marta Vieira, que começou sua carreira profissional aos 14 anos, e hoje é considerada a melhor jogadora do mundo.

Uma das maiores dificuldades no esporte feminino é o preconceito, que não vem só de homens, como muitos acreditam. A jogadora Maria Cecília, conta que o pré julgamento veio de sua mãe. “Ela odiava que eu jogasse, às vezes eu jogava escondida, porque eu sabia que ela ia brigar. Minha mãe não gostava porque ela queria que eu estudasse, e para ela isso era coisa de vagabundo. Todas as mulheres da família tinha preconceito, os homens não”. Comenta a jogadora.

A segunda edição da Copa Universitária de futsal, que acontece aqui na Estácio Teresina, trouxe uma novidade. O evento que é organizado pelos acadêmicos do sexto período do curso de Educação Física da instituição, abriu pela primeira vez inscrições para jogos femininos. Umas das organizadoras do evento, Hedivana Ribeiro, conta a satisfação de receber as equipes femininas. “Eu acredito que estou mais satisfeita com as meninas, do quê com o campeonato todo em si, pelo fato de eu ser mulher. O campeonato tem dado tudo certo, já é a segunda edição, mas o fato das meninas jogar hoje me deu mais prazer do que ver os meninos jogando”. Explica a organizadora.

O esporte em sua dimensão social, ainda é um lugar de predominância masculina, mas isso tem evoluído com o tempo. Um exemplo disso foi a Copa do Mundo feminina, que aconteceu neste ano e teve bastante repercussão e mobilização nas redes sociais. Vários internautas, em maioria mulheres, mostraram seu apoio às jogadoras.

O preconceito contra as atletas e profissionais da área ainda é muito evidente, e mesmo com o vasto número de conquistas das jogadoras, a visibilidade e credibilidade é colocada diariamente em debate, simplesmente pelo fato de serem mulheres.