Diante de uma adversidade desconhecida da comunidade científica, foi necessário tomar atitude drástica, porém necessário para salvar vidas.
Artigo publicado em 14/06/2022 às 17h37
Ana Luíza Sousa da Cruz
Laís Vitória da Conceição Silva
Mário Jorge da Silva
Na época, a ciência não tinha nenhum conhecimento sobre a doença surgida na China, pouco tempo depois, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou se tratar de uma pandemia e o mundo iniciou uma série de restrições para conter o avanço do Sars-CoV-2. De poucos doentes concentrados em alguns países a uma explosão de casos globais.
Todo o caos provocado pela doença afetou seriamente o nosso modo de vida, modificando desde a forma de cumprimentar uns aos outros, trabalhar, reunir, visitar, entrar em quarentena, lockdown, higiene constante das mãos, o uso de máscaras, proteger-se, etc. Seria uma tempestade, um terremoto, uma erupção vulcânica? Não! Era uma pandemia mundial anunciada pela OMS.
Mas o que é a Covid-19?
A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global, que se espalham e infectam os seres humanos. Diante de uma adversidade desconhecida da comunidade científica, foi necessário tomar uma atitude drástica, mas necessária para salvar vidas. O quanto tudo isso custou a sociedade? Qual o custo da vida de cada piauiense?
Segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa no Brasil, desde o início da pandemia, são: 664.967 óbitos e 30.683.838 casos conhecidos registrados estatisticamente de infecção pelo novo coronavírus. A covid-19 além das marcas que deixou na população, exigiu grandes investimentos dos governos federais, estaduais e municipais, na compra de insumos, equipamentos médicos, ajuda a população e outros meios, para prestar assistência hospitalar com a finalidade de minimizar e curar a enfermidade pandêmica.
Antes vejamos a estatística dos casos da Covid-19, no Brasil e no Piauí em 15 de maio de 2022:
No Piauí:
Gastos da Covid:
De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no ano de 2021, aponta que o Brasil gastou 14% do Produto Interno Bruto (PIB) em medidas para aliviar a crise sanitária da covid, semelhante aos países desenvolvidos como Estados Unidos(18,6%) e Espanha (19,2%).
No Estado do Piauí, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) disponibilizou a ferramenta “Painel Covid-19 Piauí”, que permite o acompanhamento, de forma rápida e simplificada, dos recursos que vêm sendo recebidos e utilizados pelo Estado e pelos municípios piauienses no combate à pandemia do novo coronavírus.
A ferramenta foi construída com o esforço conjunto da Divisão de Desenvolvimento de Software do TCE/PI e da Comissão TCE Covid-19, com o objetivo de analisar, de forma concomitante, as receitas recebidas e as despesas empregadas no enfrentamento à Covid-19 no Piauí.
De acordo com informações colhidas no site TCE-PI as receitas proveniente do Governo Federal e Estadual, expressam valores acima de R$ 744 milhões, e os gastos até 15 setembro de 2020, com a rede hospitalar e vacinação foi de cerca de R$ 528 milhões, comparando com a população do Estado do Piauí, 3.273.227 habitantes, a vida do piauiense representa R$ 161 reais, ou seja, 0,0031% de uma cesta básica no Nordeste, conforme pesquisa publicada pelo Dieese em 09 de março de 2022.
Através dos dados divulgados no Siga Brasil no ano de 2020, foram gastos cerca de 524 bilhões de reais, já no ano de 2021 obteve uma queda para 121,5 bilhões e que só vem decaindo cada vez mais na medida em que o país vai se adaptando a conviver com o vírus e a população vai sendo vacinada.