Sustentabilidade e indígenas piauienses são temas de palestras na Faculdade Estácio Teresina
- AGECOM Jr.
- 24 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de mar. de 2021
Reportagens: Bruno Chaves e Valéria Carvalho; Edição: Thaiany Soares
Na segunda-feira (30/11), o curso de Administração promoveu duas palestras com foco na temática do Desenvolvimento Sustentável. As palestras foram realizadas pelo aplicativo de videoconferência Microsoft Teams.
Confira como foi cada uma delas.
Empreendedorismo sustentável: como ser um empreendedor sustentável - Mirna Escórcio
A palestra ministrada por Mirna Escórcio, professora e consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Piauí, teve o intuito de apresentar aos estudantes as perspectivas do exercício do empreendedorismo responsável e atento ao meio ambiente.
Esse tipo de empreendedorismo leva em conta a adoção de práticas sustentáveis dentro das empresas e visa adequar-se aos moldes do novo modelo de gestão de negócios, a gestão empreendedora sustentável.
Além disso, a atividade orientou os alunos quanto às características e às atitudes exigidas do novo empreendedor. “Você, que quer empreender, também precisa pensar além, ir além. Às vezes, a caixa somos nós, nossos limites, são os nossos pensamentos engessados, a dificuldade de quebrar um paradigma, de pensar diferente. Então, tudo isso são coisas que não fazem parte do perfil empreendedor”, declarou a palestrante.
Ainda de acordo com Mirna Escórcio, “o Empreendedorismo Sustentável trabalha a lucratividade da empresa junto com o desenvolvimento responsável do meio em que ela está inserida. Três aspectos devem ser articulados para a sustentabilidade acontecer; deve ser feito um alinhamento dos aspectos da dimensão ambiental, social e econômico no modelo de gestão de negócios”, pontuou a professora.
Piauí indígena de sempre e hoje: um panorama de como são e estão nos dias de hoje
Charles Oliveira, acadêmico de Arqueologia, que desenvolve trabalho voluntário entre povos indígenas no Piauí, mostrou, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que a ideia de que não há índios no estado não é verdadeira.
O palestrante apresentou números do censo realizado em 2010 pelo IBGE, que aponta a presença de 2944 índios assim declarados pelo estudo, classificados entre índios urbanos, aldeados e rurais; de acordo com essa pesquisa, Teresina teria 1333 índios contabilizados.
Oliveira falou que várias etnias apareceram no censo do IBGE como residentes no Piauí tais como: Pataxó, Ianomâmi, Potiguara, Tupinambá, Tabajara, Tapuia, Tremembé, Xavante e que a pesquisa apresentou Teresina, Parnaíba, Floriano, Picos, São Raimundo Nonato, Bom Jesus, São João do Piauí, Oeiras e Piripiri como áreas de ocorrência dessas etnias.
O estudante pontuou que os índios do Piauí não aparecem nos dados da Fundação Nacional do Índio (Funai) pois, segundo ele, não existem terras indígenas registradas no estado e disse que existem gravuras rupestres indígenas em todo o estado
Charles Oliveira ainda contou as experiências de convívio com os índios e falou da participação no projeto "O Piauí tem índio sim”, da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) em parceria com o governo do estado.
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