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Delegada alerta aumento no número de casos de feminicídio no Piauí

Somente neste ano, 11 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado


Repórter: Luis Fernando Amaranes

Editor de texto: Marcelo Gomes

Publicado em 30 de Maio de 2022, às 14h32


O Dia Estadual de Enfretamento ao Feminicídio foi comemorado no último dia 27 de maio. A data tem como principal objetivo sensibilizar homens e encorajar mulheres a denunciar seus agressores.

A delegada Eugênia Villa afirma que vítimas estão morrendo em silêncio.

- (Foto: Reprodução/ Internet)


Conforme os dados divulgados pela Coordenadoria Estadual de Políticas para as Mulheres (CEPM), por meio do Painel de Monitoramento da Violência doméstica no Piauí, em 2022, 11 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado. Na maioria dos casos, os crimes ocorreram em decorrência de agressões verbais e ameaças.


Em entrevista a Agência de Comunicação Júnior (Agecom), a delegada de Polícia Civil e Superintendente de Gestão de Riscos da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Eugênia Villa, explicou que as mulheres estão sendo mortas em silêncio, por medo de denunciar.


“Nem mais um minuto de silêncio! As mulheres estão sendo assassinadas no Piauí em silêncio. Infelizmente elas não procuram a polícia. Como vamos chegar até essas vítimas? Nitidamente, a gente percebe um aumento nestes casos de feminicídio. Agora, o que nós precisamos fazer é estudar com profundidade e constatar se esse aumento é de fato absoluto, onde realmente a gente tem mais mulheres sendo assassinadas por feminicídio ou se a polícia está tipificando mais no feminicídio. É um estudo que deve ser feito de forma aprofundada”, explicou.


Ainda de acordo com dados do Painel Mulheres de Monitoramento da Violência contra a Mulher, nesses cinco primeiros meses de 2022 tramitam 12.348 medidas protetivas para vítimas de violência doméstica no Piauí.


O órgão divulgou também os tipos de violência mais comuns cometidos: 79% são físicas e os outros 21 % as outros tipos de violência, como moral, patrimonial e psicológica.


No período da pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, os casos de feminicídio duplicaram em todo o Brasil, como explicou a coordenadora de Estado de Políticas para as Mulheres, Zenaide Lustosa.


“Durante a pandemia, os casos de feminicídio não aumentou somente no Piauí, mas também em todo o país. Isso tem a ver com o isolamento social destas mulheres e uma série de consequências que vieram com a pandemia, que agora, devemos ter um olhar diferente neste caso. Muitas mulheres ficaram desempregadas e na dependência econômica terminam aceitando a violência e acabam tendo dificuldade em denunciar os agressores”, disse.


Com o objetivo de tentar reduzir os casos de violência contra a mulher foi criado pela Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, o aplicativo Salve Maria.


Segundo levantamento, desde 2018, até agora, a plataforma já registrou mais de 2.353 denúncias de casos de violência. O aplicativo é gratuito e está disponível para celulares IOS e Android.

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